quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Gracinha perdida nos rascunhos

Havia esse menino. Um aluno do mundo, medroso e inseguro. E a espera ansiosa pelo amadurecimento que nunca viria, pois na espera ele errava a premissa. A barba cresceu, o menino graduou e nada do homem aparecer. Procurou nos livros, nos filmes, nos amores. O homem não vinha. Estaria condenado a ser menino para todo o sempre? E quem olharia por ele quando os pais morressem? Mas menino, emancipação não vem de brinde com o diploma, não. Também não vem encravada no tempo, com surgimento dos pêlos e o brotar do sêmen. Nos livros, nos filmes, nos amores. E muito menos vai estar dentro do ônibus que você espera nesse ponto. Vem de um dentro mais secreto, menino, do lugar onde a gente se esqueceu. Cê ainda está aí?! Dá aqui esse fone de ouvido. Pare de escutar o mundo e vai te ouvir, ver que o mundo já está aí dentro, pare de fugir dele.

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