quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Entrega

Maiores não sabem mais amar como os meninos, amores mesquinhos tem preço e estão pela hora da morte. Amoras sabor desamor aos amantes absortos na falta. Carícias frias, sorrisos ocos, afetos de má formação. A cada lua um aborto, amor nenhum vinga nos corpos cheios de si, amor nenhum fica.

Cisto

O que eu faço contigo, serzinho? Pequeno franzino, verde-musgo-mesquinho, pele, osso e veneno, fica aqui corroendo toda luz que ameaça nascer. Que é que eu faço contigo, serzinho? A azedar o caminho, adoecer o amor, desamar o hospedeiro. Quer encolhê-lo ao teu tamanho, vesti-lo e fazer o que com isso? Como é que eu te desarmo, te esqueço, extirpo? Você precisa morrer.