quarta-feira, 23 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sombra em luz

Ouça bem meus conselhos, são deles que careço. Observe meus inimigos, neles eu me evito. Quando eu latir e maltratar e te acusar de ser humano, não pese mais que um espelho. E se eu martelar minhas verdades, ache graça, como é frágil o irredutível.

Enxergar-me parte de um olhar oblíquo, ora míope narcisista, por vezes hipermétrope escapista, quando não delirante, de um astigmatismo poderoso. E de enxergar-te é maior o desafio, pois é preciso que eu te perdoe ao me ver errante, em ti refletido.

Sem teu olhar não me vejo, a te olhar me reconheço demais. Aprender estar contigo é aprender estar comigo, em paz. Andarmos juntos para entender o subjetivo, a solidão. Que verdades são cometas perdidos e nós universos famintos por um maior sentido, que não há.